2012/2013
Nisto, foram para a areia fazer
castelos. Estavam ambas numa alegre competição, a ir buscar algas, conchas e
pedrinhas, só que…
… entretanto o
taxista estava à espera deles para voltarem à cidade. Ténis, vendo-os a chegar, perguntou-lhes:
- Que tal foi
a visita à cidade?
- Foi boa, mas
um pouco assustadora, sobretudo naquela praia a que fomos e onde a Casa
Patareca se ia afogando e o sofá quase partira a janela da sala – respondeu a
raposa.
- Pois foi,
mas de resto foi tudo bom – disse a Casa Patareca.
- Acho que
está na hora de irem embora, portanto, até breve!
- Até breve,
senhor Ténis – disseram em conjunto.
A caminho do
bosque, ainda no autocarro, olharam para os campos de flores, as árvores e até
campos agrícolas e acharam tudo muito bonito.
Chegaram ao
bosque e despediram-se uma da outra tal e qual como se conheceram.
EB2, 3 Almeida Garrett
7º ano
Turma E
Alto do Moinho
(continuação -3º ciclo, 8ºA)
Mas as hienas começaram a rir-se
desalmadamente e a boicotar os resultados do acordo,
pois se não houvesse água, mais comida elas teriam para se alimentar. Assim,
começariam por eliminar os agentes secretos do Gabinete de Protecção Animal ou GPA, depois iriam comendo os outros animais à medida que precisavam
e que necessitavam, pois tinham fome. Este plano foi todo pensado, planeado e
elaborado pela mais sábia das hienas, a Hiena Velha, que era a mais douta das antigas
hienas da geração da sabedoria e temida por todos os animais da Savana do
Grande Lago.
A Savana era constituída por milhares e
milhares de hectares. Bem no centro, impunha-se o Grande Lago que se estendia
com água límpida e doce a correr de cascata em cascata.
As hienas estavam a pensar em construir
uma espécie de barragem que conseguisse parar o escoamento da água de cascata
em cascata até ao Grande Lago. Para isso contavam com a ajuda dos castores que
eram desprezados por causa dos seus dentes grandes e salientes.
Passadas algumas semanas, as hienas
conseguiram, finalmente, que a água parasse de escoar. Os animais que costumavam
ir até ao Grande Lago beber água e refrescar-se com um mergulho, começaram a
estranhar não verem o brilho da água azul e límpida do lago e quando lá
chegaram disseram surpreendidos e dececionados:
-Oh, não há água! O que podemos fazer
para voltar a tê-la?
-Nada.- disse a Velha Coruja que por
ali voava - A não ser que emigrem para outra Savana.
-Mas nós já estamos numa Savana.-
disse o elefante Tomé.
-Mas não é esta, é a savana do sul, da
Zambézia onde todos são felizes e alegres.- disse a coruja.
-Ok, nós emigraremos para a Zambézia.
Muito obrigado!- disseram todos em conjunto.
Passados alguns dias, os animais,
incluindo a flor Carolina que era transportada na tromba do elefante Tomé ainda
dorida por ter caído numa armadilha montada pelos agentes secretos do GPA,
chegaram à Zambézia onde conseguiram instalar-se comodamente. Contudo, e apesar
de se sentirem bem, o desejo de regresso ao seu habitat original, a Savana do
Grande Lago, ocupava os seus pensamentos quotidianos.
Então, um dia, a flor Carolina e o
elefante Tomé com a ajuda do rinoceronte Pedro tiveram uma ideia para que as
hienas fossem castigadas pelo seu comportamento imprudente: reter a água que ia
para o Grande Lago e obrigar os seus semelhantes a abandonar o lar.
Já ia avançada a Primavera, quando os
animais, com um plano confidencial e bem artquitetado, invadiram a Savana do
Grande Lago e conseguiram com muita agilidade, coragem, astúcia e força
derrubar e submeter o povo das hienas, incluindo a Hiena Velha, a sábia,
reduzindo-o à sua risível insignificância. Também os castores, por serem
colaboradores das hienas foram castigados com pesado trabalho comunitário na
savana da Zambézia durante um ano, para onde foram desterrados.
Com o passar da Primavera e com a
Savana do Grande lago já recuperada, o rinoceronte Pedro declarou, finalmente, o
seu amor platónico pela flor Carolina que naquela altura da Primavera era a
mais bela de todas as flores.
- Desculpe o atraso, estive a dar água da Lagoa
Laís à minha amiga Carolina! – disse o Elefante Tomé, enquanto entrava de
rompante na assembleia.
- Silêncio! Bom, agora que estamos aqui todos, dou
por encerrada esta reunião, vamos celebrar! – disse o Leão.
Os animais decidiram, então, fazer um banquete de
comemoração, mas foram surpreendentemente interrompidos por dois barulhos
ensurdecedores, tiros.
A Girafa Catarina, a anciã, estava na frente de
todos os outros animais e, apenas alguns segundos depois do barulho, caiu
ferida.
Os animais aperceberam-se, então, que estavam a ser
atacados e entraram em pânico. Porém, enquanto o Leão tentava instalar a ordem,
os animais juntaram-se numa multidão, e avistaram os agentes secretos a quem
foram pedir ajuda.
Os agentes chamaram de imediato uma equipa de
socorro que cuidou da Girafa Catarina, enquanto acalmavam os outros animais.
Porém, o Elefante Tomé avistou algo suspeito; um dos agentes estava armado com
uma espingarda de cano duplo, que parecia mesmo que tinha acabado de ser
disparada, pois ainda fumegava!
- Foram eles! – gritou o Elefante
- O que? O que se passa, Tomé? – perguntou o Leão
- O que ele está a tentar dizer
é que foram os agentes que dispararam aqueles tiros, e que estão a fingir serem
bons só para nos matar! Se não acreditam, olhem para a espingarda que ele tem!
– exclamou o Crocodilo José
- São caçadores furtivos!
E nisto, todos os animais se juntaram numa manada
descontrolada, e perseguiram os caçadores, que entretanto tinham fugido para as
montanhas. De lá, foram disparados mais dois tiros.
Longas horas depois, os animais apanharam os
caçadores e expulsaram-nos para sempre da savana.
A paz estava finalmente restaurada, ou pelo menos
pensavam eles!
Voltaram para casa e só no dia seguinte é que se
aperceberam que tinha acontecido algo terrível!
A água da Lagoa Laís, que banhava toda a savana,
estava toda contaminada com produtos tóxicos que os caçadores lá haviam
depositado! Como é que os animais iriam sobreviver? Algo tinha de ser feito.
Para pedir conselhos sobre a situação, os animais
foram ver a Flor Carolina, que, por estar há muitos anos no mesmo sítio, sabia
muito sobre o ambiente e o ecossistema. Quando a encontraram, tiveram uma
surpresa muito desagradável; ela estava morta! Tinha bebido a água do rio Laís
e morrera, envenenada.
Tristes e com sede e sempre relembrando os amigos
perdidos do outro lado, os animais não tiveram outra opção a não ser mudarem-se
para a outra margem da Lagoa Laís, onde havia um riacho fresco que os manteria
saciados até a água da Lagoa voltar a estar potável.
Todos choraram a perda daquela grande amiga, a Flor
Carolina, bem como de todos os outros animais que tinham sofrido com o ataque.
A partir desse dia, todos os anos fazem uma
cerimónia na data em que o ataque aconteceu para honrar e relembrar a dor e o sofrimento por que
passaram, homenagear todos aqueles que morreram
às mãos dos terríveis caçadores e celebrar a força e a união que os ajudou a
ultrapassar a situação, jamais esquecida por aqueles animais. Celebravam esse
dia com cânticos, orações e um banquete enorme, como aquele que era suposto
fazerem no dia do ataque.
E foi assim, que, apesar de todas as dificuldades, os
animais conseguiram unir-se como uma grande família que são e começar uma nova
vida onde, aconteça o que acontecer, sabem que nunca estarão mal porque se têm
uns aos outros.
FIM!
Nota: decidimos criar este
final mais triste, só para mudar o hábito dos finais felizes, pois queremos mostrar que também existem finais infelizes na
vida, e que temos de nos unir e lutar contra eles. Cair 100 vezes e levantarmo-nos
101. É importante adotar os finais infelizes como a realidade que são, apelando
assim à ajuda mútua entre as pessoas, tal como à protecção do nosso planeta e
ambiente!
2011/2012
O SEGREDO DA MARGARIDA - VERSÃO I
O SEGREDO DA MARGARIDA - VERSÃO II
Texto coletivo dos alunos da Escola de Alfragide